Exageros
Mario Viegas em...
Posted by Ruben Loup Chama
Posted by Ruben Loup Chama
Posted by Simão Miranda
Elegante, entro no bar em que estavas
Descontraído, acendo um cigarro em sinal de quem espera
Percorro todo o bar, desde as pequenas mesas até aos lavabos.
Vasculho tudo ao mais ínfimo pormenor…
Pareceu-me ver-te
mas foi contudo uma ilusão
Falo com os habitués do sítio só para queimar mais algum tempo
Espero por ti e acendo mais um cigarro
Desencontrado, peço um whisky e bebo aos golinhos pequeninos
depois mais depressa
até que o acabo de um trago.
Desesperado começo a pensar que não vens.
Cravo um cigarro e espero mais um pouco
Vou à casa de banho e até aí penso em ti…
Regresso e tu não estás lá.
Falo com uma mulher que me convence a leva-la a casa (penso em ti)
O bar vai fechar.
Lembro-me
nunca lá estiveste
nunca lá tinhas estado
não conheces o bar
nunca vais conhecer
esperei em vão
tu não existes
Posted by Simão Miranda
Mas não… Não Hoje sei… I can feel it Trancado por dentro, por ti… não! por… mim (?!) mas não… nãããããã acabou-se no more preso com correntes invisíveis e belas, sem me aperceber sequer da liberdade da liberdade que me emprestaste para logo a seguir me tirar E aqui está! Correntes e chá… Bonita combinação… eu nem sequer gosto de chá!
Posted by Simão Miranda
Cortes gritantes que me vão perfurando a pele aos poucos
São como facadas constantes que se infiltram por entre os poros devagar
É aquele sentimento recriminatório
o medo que reprime e que te impede
o fantasma constante da expressão sem voz “eu bem te avisei”
talvez (e apenas talvez) devesse(s?) deixar isso
simplesmente deixar
aceitar com leveza
e parar de agonizar
deixar a faca entrar devagar e sem rival
deixar que ela te rasgue as entranhas
deixar de sofrer
e por fim morrer
Posted by Simão Miranda
És a minha máscara
a minha protecção do mundo exterior
o meu túmulo sagrado
enclausurador mas livre
bafiento e húmido
sujo e puro
simples dor asfixiante
ardor intenso e amargo
prazer sádico e orgásmico
prazer doentio e monstruoso
doença
és a minha doença!
Posted by Simão Miranda
Would you like a cup of tee?
Aquele modo afectado como eu ouço aquela voz repelente
Yes. A cup of tee would be nice.
E aqui está!
Respondi exactamente da mesma maneira afectada que aquela voz tinha vociferado anteriormente.
E aqui está!
Levanto-me de rompante quase deitando a baixo a mesa que tinha diante de mim.
Apercebo-me (e só agora?) da prisão em que estava.
E tu… é como se perguntasses:
Would you like to be locked up forever?
E eu, é como se tivesse respondido:
Yes, locked up forever would be nice
Posted by Simão Miranda
todo o império tem o seu apogeu...
aquele momento áureo em que tudo corre bem
conquistam terras
destroem vilas
colonizam quem quer
matam quem não quer
Basicamente, é o momento em que o imperador pode dizer:
- isto sim, é viver à grande!
mas depois vem aquele fatídico momento em que tudo começa a correr mal
quando os ataques falham
as invasões fraquejam
tudo de desmorona em frente dos imperiais olhos de certo senhor.
Apogeu e Queda
mas
pior que isso
(e muitos senhores imperadores poderão corroborar a minha teoria)
é quando sabes que podes ter um grande e poderoso império
sabes que podes governar por largos e vitoriosos anos
mas
(e este “mas” exige uma pausa de 5 segundos)
mas…
simplesmente tudo acaba
Posted by Simão Miranda
Enquanto o sol se punha, Ele corria desenfreado pela rua abaixo.
Corria como se disso dependesse a sua vida.
Dava gosto vê-lo correr.
Veloz
Ágil
Acrobático
e acima de tudo, determinado.
Ninguém sabe o que se passou…
Ninguém entendeu os seguintes segundos…
Ele, tão belo, forte e persistente havia caído aparatosamente
Uma queda surreal
Uma queda no vazio
Ninguém sabe o que se passou
Ninguém sabe o sucedido
Apenas se sabe que Ele,
aquele pobre sentimento caído…
nunca mais se levantou
Posted by Simão Miranda
Depois de longo tempo de inactividade volto com apenas uma pergunta.
Quem acham que irá interpretar Frank Sinatra no novo filme de Martin Scorcese?
Gostava de saber a vossa opinião.
Posted by Simão Miranda
dou por mim a chorar...
juro que foi tudo menos intencionado
mas o facto é que dou por mim a chorar às três da manhã
e começo a perceber
começo a perceber a triste realidade
a triste fraqueza que a todos nos toca pelo menos uma vez
"esta noite, vou-me deitar sem ter feito nada
nada de que me venha a orgulhar, arrepender ou simplesmente esquecer"
e o triste é que é verdade
não fiz nada
nada de triste e humilhante sequer
e de súbito...
dou por mim a chorar
o meu forte choro de arrependimento reprimido
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