Céu
Passo lento e solitário
Avanço pela ruela abaixo
Danço ao som da música dum acordeão que passa
Salto feliz e apoio-me num candeeiro qual Gene Kelly
Bipolar, fico triste e desesperado
A música que ouço é outra
Mais arrastada, um piano sorrateiro que vai trepando para dentro do meu cérebro e consequentemente afectando o meu coração.
Rastejo pela ruela abaixo e sinto-me morrer
Agarro-me aos pés das damas que passam, elas pontapeiam-me como se de um cão vadio se tratasse.
Deito-me de costas olhando o céu.
“Belo”
Pisam-me, pisam-me como se fosse um tapete estendido para as damas não molharem os finos pés nas poças de água.
Pisam-me os senhores que passam engravatados e atarefados.
Pisam-me e eu olho o céu.
Desapareço silenciosamente sempre com o som do piano ao fundo (a mutilar-me o cérebro)
Calçada
Sou apenas pedras de calçada
Frias
Duras
Chorando quando chove e pregando rasteiras às damas impertinentes.
Olho o céu.
Resigno-me e sou pisado
Prometeu!
4 pseudo-comentários:
Agrilhoado! À alma...
Eric
Agora ia ser mazinha xD
Viva a poesia deambulatória
Tu tens um íman com este tipo de textos!
Atenção!! Não estou a dizer que são maus, pelo contrário...
Mas um pouco de alegria para variar, não? xD
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