Morri.
Acordo. Oiço a chuva a cair no telhado e a lacrimejar na minha janela.
Um dia cinzento, cheio de tristeza e de pranto. Oiço-me respirar. Oiço dentro de mim o cantar de um coro, cantando um som triste e profundo. Deitado. As lágrimas percorrem-me a face. É como estivesse sozinho no mundo. Só. Triste. Não havia ninguém. Estava morto.
Ali, deitado, continuava a ouvir o coro a cantar ao compasso da chuva. Naquele dia cinzento morri. Estava leve. Vazio. Calmo. Não estava. Não existia.
E o coro cantava em pranto a minha morte e a chuva chorava a minha perda.
Durante mais de dez minutos fiquei ali, a olhar o vazio do meu tecto branco. Não estava ali. Durante dez minutos eu morri. Durante dez minutos estive só.
Um dia cinzento, cheio de tristeza e de pranto. Oiço-me respirar. Oiço dentro de mim o cantar de um coro, cantando um som triste e profundo. Deitado. As lágrimas percorrem-me a face. É como estivesse sozinho no mundo. Só. Triste. Não havia ninguém. Estava morto.
Ali, deitado, continuava a ouvir o coro a cantar ao compasso da chuva. Naquele dia cinzento morri. Estava leve. Vazio. Calmo. Não estava. Não existia.
E o coro cantava em pranto a minha morte e a chuva chorava a minha perda.
Durante mais de dez minutos fiquei ali, a olhar o vazio do meu tecto branco. Não estava ali. Durante dez minutos eu morri. Durante dez minutos estive só.
7 pseudo-comentários:
......
Faço minhas as palavras (ou pontinhos) da niusha...
Woow! Não 'tava à espera! O texto está muito bom! Mesmo muito! Só é pena que tenha tido uma inspiração um pouco... "Só. Triste."
Espero que te fiques por esses dez minutos de solidão, porque ninguém os merece. E muito menos tu, que fazes todos sentirem-se "em casa".
Jocas*****
P.S.: Caso isto tenha sido apenas ficção, acabei de fazer "figura de ursa"... lol
Parece que há uma aversão qualquer a estar só! São momentos raros os encontros das pessoas com o seu interior, já que um minuto sem alguém por perto é solidão, uma casa sem a televisão ligada é o manicómio e estar triste não é simplesmente um estado de alma, mas a infelicidade. Pois eu recomendo-te vivamente dez minutos diários de silêncio, sozinho, para te escutares, para estares contigo, ou de alerta consciente para o que está à tua volta, porque, o importante, é viver de dentro para fora e perceber que muito do que procuramos está dentro de nós e nem sempre damos conta.
Boas viagens às profundezas da tua alma
pois é, até parece que a solidão é um dos nossos grandes inimigos, que nos separa do mundo de uma forma drática e insensível, que nos joga nas profundezas de um poço. Meu Deus! A solidão não é nada disso! estejam sós, sós por dentro, não especialmente por fora. sintam o silêncio dentro de vcs, ou talvez o barulho insurdecedor de problemas a inundarem o seu olhar. apenas sintam, sozinhos, o que vos bem apetecer. Quando estou sozinha, e sinto... vivo uma solidão momentânea e puramente bela. E é tão bom! Quem quer que adira ao preconceito contra a solidão, pense melhor e tente ver o lado bom de estar só... ele existe, parece que está lá mto no fundo, mas quando o encontrares... vais ver a beleza que achaste.
Mas, atenção: não virem bichos-do mato.
***
Rubenzinho. Rscunhaste pensamentos da alma dorida. O Drama é igualmente bonito. Quero ler mais coisas tuas, mais vivas como tu proprio és. Fica aqui o meu site. Beijinhos da Mafalda
Bonzinho.
Edward Gonçalves Pinto.
Enviar um comentário